ENCONTRO NA RODOVIÁRIA
Estava eu, lá, sem saber para onde ir. Pergunto daqui, pergunto dali, e daqui a pouco me falam de comunidades quilombolas que residem próximo a Montes Claros. Ânimo – posso ir para alguma delas. Mas qual? Como saber?
Coincidência, destino ou sei-lá-o-quê, na rodoviária encontrei com Djalma, moço alto, negro, magro, de fala mansa e que gosta de conversar. Ele me contou de sua comunidade, e entre elogios de sua terra e perguntas sobre o meu projeto, uma decisão: é para lá que vou.
“Se pegarmos carro agora dá tempo de você chegar ainda hoje em Poções”. Comunidade de Poções: apresento-lhes o nome do local. Djalma passaria uma noite em Francisco Sá, cidade próxima e no caminho, e eu iria direto para o povoado/comunidade. Pegamos o transporte e fomos.
Mas havia chovido, e houve dois acidentes na BR – motivo que fez com que esperássemos junto a uma fila de carros, e caminhões, e ônibus, e carretas, e tudo o mais que se pode encontrar em estradas. E a idéia de pegar no mesmo dia o ônibus para Poções caiu por terra – “essa hora não vai dar mais não, moça”.
Chegamos em Francisco Sá. E, para que eu não ter que gastar em pousada, Djalma me levou à casa de Ioni, amiga dele, que me recebeu e abrigou muito bem!
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