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quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Guararema, SP, 04 de novembro de 2009

Ele vende flores, e conhece todos os nomes. Acostumado a fazer esse percurso, ele e seu caminhão.

Aparentando ser garoto, tem mais de 40. É de estatura baixa, usa óculos, e protesta contra a quantidade abusiva pedágios quando se percebe que quase não se investe a verba. Realmente, em 184 km são quatro pedágios, cada um cobrando de dez a quinze reais, “quase o preço que gasto na gasolina”.

Ele vende flores. Joaquim, o nome. O perfume do caminhão, quando abre-se o fundo, é como aquelas praças floridas após chuvas rápidas, quero ficar por lá.

E entre paradas de entrega e conversas, viemos. Pagou-me um sorvete e fiquei sem graça – não me deixou ressarcir o dinheiro, fui eu quem convidou. E aqui me deixou na rodoviária de Guararema, onde aguardo o ônibus para Mogi das Cruzes.


“É hippie!”

 “Te digo que não é!”

Vieram perguntar, quatro meninas. “Quer salgadinho?” “É?”

Não, não sou.

“Ah, tá bom, tchau”.


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