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quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

AMOR, SUBSTANTIVO PLURAL (ou TROCAS, SEXO E ROCK`N ROLL)



Não creio mais em amor único.
Ainda assim, tenho um grande amor.
Mas não é um só porque há grande espaço para as vontades, os quereres, os sentimentos.
E nada substitui nada porque não é preciso excluir para incluir.
Não, não é preciso excluir para incluir. Aí cai por terra, para mim, qualquer idéia equivocada de traição.
Guardo em mim grandes amores, em locais diferentes, com faces das mais diversas, pensamentos variados, magros, gordos, com ou sem pintas, com muita ou pouca idade.
E cada um tem seu lugar.
Nenhum tira os demais de mim.

Tenho há mais de dois anos um grande companheiro e amor.
Vivemos juntos, nos amamos tanto ou mais que os casais das praças, os tradicionais. Perto ou longe, estamos juntos. Mas nunca deixamos de ser ou fazer nada por essa união. Justamente por nos amarmos, e querermos tão bem um ao outro. Porque não há substituições. Porque mais importante que estarmos um com o outro é estarmos onde quisermos estar, e bem. Se há como unir as duas coisas, maravilha! Mas, por sermos dois, temos vontades e sonhos variados, a serem seguidos. E seguimos. Juntos, segundo nosso conceito.
(Torço por ele e carrego-o como quem leva consigo tesouro de vó, com acréscimo de paixão).

Aqui encontrei paixões. Pessoas lindas, de todos os ângulos.
Aqui tive vontades e aproveitei momentos que, de uma hora para outra, tornaram-se deliciosos. Beijei, dei e recebi abraços quentes. E ontem passei a noite acompanhada, bela noite de carícias e força conjunta.

Acabou-se o ‘Anjos’, vão-se embora as pessoas, os e as mestres, os encontros. Vai-se embora o dia, a semana, as mesas, as trocas presenciais com gente que fala a mesma língua, ainda que de sotaques ou origens diferentes. Fica só a lembrança, companheira fiel. Fica só o sentimento, presença certa. E sigamos em frente, caçando bons momentos de amor, esse substantivo plural, doce e permissível, sempre.

2 comentários:

Jaqueline disse...

Que lindo isso.. tão verdadeiro.

Angela disse...

"E nada substitui nada porque não é preciso excluir para incluir." É tudo muito lindo contigo!