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segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

QUANDO SAÍ



Quando saí havia pessoas em torno, vá mas tome cuidado, te amamos, se cuide.
Quando saí havia certeza de querer, mas dúvida no poder.

Saí assim, marcando, será dia tal para não deixar de ser.
Saí com despedidas sorridentes, não com lágrimas.

Quando saí havia 340 reais no meu bolso, destes, 300 emprestados.
Quando saí havia promessa de pagamento de um trabalho, entranãoentra na conta.

Tinha famílias nas extremidades:
No nordeste família escolhida
No sul família gerada
e ambas amadas e amáveis.

Hoje reconheço e sinto famílias,
redes no percurso,
e qualquer pessoa como possibilidade familiar.
Porque família não é lar, acolhimento mútuo e confiança?

E se do dinheiro todo pouco resta,
se não tenho ainda uma fórmula para prosseguir, e bem,
fazendo desta a minha vida toda,

Sobra-me carinho, e amor, peneira grossa de possibilidades intensas.

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